por Joanne Régis
Premonições, reflexos do inconsciente, avisos, expansão da consciência, desejos escondidos, os sonhos têm significados diferentes para as pessoas. Na ciência, Freud, pai da psicanálise e Jung, o herdeiro rebelde, também divergiam em suas interpretações.
De acordo com a psicóloga Marlene Correa, "para Freud, os sonhos representavam a satisfação de um desejo escondido nas grutas da consciência. Seriam explicados a partir dos traumas e desejos sexuais". Já para Jung, que considerava haver um exagero da sexualidade na obra de Freud, os sonhos conteriam "um fator conhecido como os fatos marcantes do dia e um fator desconhecido, intrínseco ao inconsciente, que deveria ser objeto de uma investigação experimental", diz Correa.
O biólogo brasileiro Sidarta Ribeiro da Universidade de Duke (EUA), em entrevista a Revista Ciência Hoje On-line afirma que “Freud e Jung traçaram um bom mapa para o começo dos estudos da mente, mas a ponte entre a biologia e a psicologia ainda não foi feita”. Ainda segundo o biólogo, “a psicanálise retém muito mais sua atenção sobre símbolos presentes nos sonhos do que no seu substrato material, o sistema nervoso, o que causa descrença na comunidade científica”.
Mas há algo que Freud, Jung e outros cientistas concordam: os sonhos são manifestações dos fatos mais marcantes do dia, o que tem uma importante função na sedimentação da memória e no processo de aprendizado dos seres humanos.
Foto: Miguel Magalhães
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