quarta-feira, 20 de maio de 2009

Amazonino Mendes

A cronologia de suas polêmicas ao longo de sua carreira política.

Por Carla Machado



Divulgação


Nascido em 16 de novembro de 1939, construiu a base de sua carreira política no Departamento de Estradas e de Rodagem entre as décadas de 1970 e 1960, no estado do Amazonas.

Com a fama no meio político conquistada em 1983 e afiliado ao Partido dos Trabalhadores do Brasil (PTB), assumiu a Prefeitura Municipal de Manaus, apoiado por hoje seu opositor, Gilberto Mestrinho. Já em seu primeiro mandato surgiu a primeira polêmica. No mês de setembro aumentou em 100% a tarifa do transporte coletivo. Houve uma tentativa de protesto pelos estudantes e seus opositores, mas todos foram reprimidos com muita violência pela prefeitura.

A segunda polêmica foi durante sua campanha do ano de 1986, Mendes prometeu dar uma motoserra a cada caboclo do interior do estado e, cumpriu distribuindo 2.000 motoserras aos seus eleitores, que as venderam aos madereiros por preços bem abaixo do valor de mercado. Por sua apologia ao crime ambiental o Intuto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF),hoje IBAMA, ameaçou processá-lo, o que o fez recuar na entrega das motoserras.

E em um ataque de semi-deus, em 1989, extinguiu a Polícia civil, alegando que a mesma estava completamente corrompida, o que fere a Constituição Federal, pois a atribuição de legislar sobre as polícias cabe ao Congresso Nacional. Após uma enxurrada de de ações judiciais impostas por delegados e policiais afastados, foi obrigado a estabelecer o “status quo[1]” e pagar vencimentos atrasados de todos os profissionais da segurança pública.

No ano de 1997, já como governador, Amazonino sofreu protestos por parte dos professores da rede estaddual de ensino, que pediam melhores condições de trabalho e aumento de salários. O então Governador vai ao encontro dos mesmos acompanhado da polícia militar, ordena que o movimento seja despersado e 25 professores foram parar no hospital e não sendo o bastante, foram presos.

Neste mesmo ano, Amazonino Mendes começou a ganhar destaque na revista Veja, com a matéria: “na Amazônia governada por Orleir Cameli e Amazonino Mendes, poder, negócios e escândalo se misturam". Nela, Mendes, foi acusado de ostentar uma fortuna que não poderia ter como governador , além de usar vários laranjas para encobrir sua fortuna.

No dia 4 de junho, a Veja novamente fez acusações contra Amazonino. Publicou a “Pororoca de Escândalo”, matéria que levanta acusações: Mendes pode ser o verdadeiro dono da Econcel e estar diretamente envolvido com o assassinato do empresário Samek Rosenski, dono da fábrica de relógios Cosmos, assassinado em São Paulo.

Sua mansão avaliada em mais de 10 milhões de reais é manchete em diversos jornais e revistas do brasil em 2001. No mesmo ano, o governo do estado patrocinou o Ecosystem 1.0 , em Manaus, que movimentou 3,6 milhões de reais gastos sem licitação, o fato curioso é que um de seus filhos era promotor do evento.


Mesmo com sua candidatura criticada pela OAB e pelo Ministério Público do Estado do Amazonas por ainda estar respondendo processos de crimes contra a lei de licitações, crimes contra o sistema financeiro nacional e crimes contra a ordem tributária. em 2008, a população de Manaus, de memória um tanto fraca reelejeu Mendes para o cargo de prefeito.

Amazonino venceu as eleições com promessas pouco palpáveis, acreditadas somente por aqueles que há muito possuem uma educação anos defasada para servir de massa de manobra para políticos como ele. Dentre suas promessas pode-se destacar: atendimentos médicos e odontológicos em trailers, por toda a cidade, 1.000 creches municipais em todas as zonas da cidade, cyber cafés ambulantes e diminuir em 20% o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Mas como não consegue ficar longe dos escândalos, no dia 27 de novembro foi cassado pela juíza Maria Eunice Torres do Nascimento sob a acusação de crimes de captação ilícita de sufrágio por conta da distribuição aleatória de vale - combustível e distribuição de material de propaganda eleitoral. No caso, a Polícia Federal apreendeu 419 requisições de combustível com a inscrição "Eleições 2008 - Amazonino Mendes", que estavam com o gerente de um posto de gasolina no dia 4 de outubro do mesmo ano, além de um DVD com imagens dos carros sendo abastecidos e cabos eleitorais fixando adesivos do então candidato a prefeito em vários veículos e notas fiscais rasuradas foram entregues por adversários ao Tribunal Regional Eleitoral. Os advogados conseguiram garantir a posse de Amazonino por Mandado de Segurança, mas a briga não para por aí, o Ministério Público Federal, agora investiga possível envolvimento de magistrados do TRE com o agora prefeito Amazonino Mendes.

[1] - Emprega-se esta expressão, geralmente, para definir o estado de coisas ou situações. Na generalidade das vezes em que é utilizada, a expressão aparece como "manter o statu quo", "defender o statu quo" ou, ao contrário, "mudar o statu quo".

O conceito de "statu quo" origina-se do termo diplomático "in statu quo ante bellum", que significa "no estado (em que se estava) antes da guerra".

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